domingo, 11 de dezembro de 2011

Tróia/Sagres - O grande desafio




Pela primeira vez sinto que a minha força de vontade não conseguiu vencer a vontade do corpo...
Levantei-me de madrugada, tentei colocar no saco o que ia me lembrando e aí fui eu em direcção a Vila Franca de Xira, local onde estava combinado o ponto de encontro com a minha equipa.
Cheguei ao local 5 minutos antes da hora marcada ou seja ás 06H25 e logo de imediato recebi um sms a comunicar-me que ainda se encontravam no Cartaxo.
Meia hora após o combinado aí estavam eles a chegar junto de mim, depois foi só o tempo de colocar no carro a bicicleta e o meu saco e iniciarmos a viagem até Tróia.
Chegamos a Tróia por volta das 08H45, como todos já se encontravam equipados e só faltava eu que por falta de memória até parecia que me tinha esquecido que ia andar de bicicleta, lá eu tentei me começar a equipar que até foi relativamente rápido, facto esse que nos permitiu iniciarmos o desafio ás 09H00.
Começamos relativamente rápido, a rolar sensivelmente a 30 kms hora, como o percurso inicial era praticamente plano até me estava a sentir muito bem, apenas sentia as pernas presas nas articulações dos joelhos, mas não sentia qualquer tipo de dor e sabia que essa sensação se devia ás falta de kms na bicicleta devido à minha paragem de 40 dias.
Os primeiros 30 Kms correram muito bem, fiz a alimentação correcta e a única situação que me apercebi me não iria correr bem seria mesmo a bebida isotónico pois apenas tinha comigo dois bidões e nesse preciso momento já tinha consumido 1 deles, a julgar pelo consumo efectuado rapidamente me apercebi que tinha cometido um grande erro, pois não tinha nem sequer levado água para reabastecer, não é que isso seria problema pois os meus colegas tinham abastecido o carro de apoio de água, mas seria um problema sem eu ter o isotónico para me poder um pouco das minhas forças..
Outro pormenor que aprendi para um desafio deste género é que realmente obrigatório levar no carro de apoio pelo menos duas mudas de roupa para assim poder acabar com o desconforto da chuva em roupa molhada vestida no nosso corpo.
Nos 30 Kms seguintes apesar de alguma mas fraca chuva correram relativamente bem, onde mantivemos a nossa média de 30 kms/hora, desta forma seguíamos a um excelente ritimo.
Por volta dos 70 Kms a equipa teve o 1º e único furo, fizemos uma paragem cerca de 15 minutos e foi aqui que o meu corpo me transmitiu que não aguentaria muito mais, após a reparação do furo iniciamos de novo a marcha e apesar de estar planeada uma paragem por volta dos 120 Kms, apenas consegui resistir até totalizar 90 Kms.
Pela primeira vez não tentei minimamente insistir em continuar pois estava com o corpo e a mente tão cansada que tomei a decisão de não massacrar mais os músculos.
Tenho desculpas válidas para esta desistência, mas também não as vou descrever, pois sinto que não me posso agarrar a isso. Tenho de continuar a treinar mais e melhor para que no próximo mês de Dezembro de 2012, consiga iniciar e terminar este desafio.
Quero aqui deixar o meu desafio de tentar conseguir fazer os 200 Kms, num tempo aproximado de 7 horas.

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